Quando o Ativo Imobilizado no Balanço Patrimonial não representa a realidade: e agora?
É comum ouvir nas empresas que “o Balanço está fechado”, mas nem sempre os números refletem o que existe de fato no chão de fábrica, nos escritórios, nos laboratórios ou nas lojas. A diferença entre o que está registrado contabilmente e o que realmente está em uso pode ser pequena – ou escandalosamente grande. E essa distorção compromete não apenas a governança, mas também a segurança da gestão empresarial.
O Ativo Imobilizado ocupa uma fatia expressiva do Balanço Patrimonial de qualquer empresa. Mas quando essa base não está sendo bem gerida, os impactos vão muito além de um número equivocado no relatório. Eles envolvem riscos fiscais, falhas no planejamento orçamentário, perdas operacionais e até questionamentos em auditoria.
Os números físicos precisam estar corretos no Demonstrativo Contábil
O primeiro passo é reconhecer um ponto simples: os bens físicos precisam estar corretamente refletidos na contabilidade. Não basta ter controle financeiro ou uma planilha atualizada por setor. Se os ativos que a empresa realmente possui não batem com o que está registrado, então o Balanço está contando uma história errada. E, em tempos de compliance, isso é algo que nenhuma gestão pode ignorar.
Entenda melhor como o Ativo Imobilizado impacta o Balanço Patrimonial
Se não há uma Gestão Patrimonial ativa, esse alinhamento não acontece
Sem um processo de gestão patrimonial ativo e estruturado, os desvios vão se acumulando: bens que sumiram ainda constam na contabilidade, equipamentos novos não são lançados corretamente, sobras e faltas físicas não são identificadas... O resultado é um descompasso crescente entre o mundo real e o mundo contábil. A pergunta então é: o que fazer?
Inventário Geral: o ponto de partida para recuperar o controle
A resposta está na realização de um Inventário Geral de bens. Esse processo é o que vai permitir mapear, localizar, identificar e classificar todos os ativos fixos da empresa. Com a coleta de dados estruturada, baseada em metodologia técnica e tecnologia adequada, é possível construir uma base confiável para os próximos passos.
Veja como é feita a estruturação de um projeto de inventário patrimonial
Placas de identificação: o sinal visível de que há controle
Colocar placas patrimoniais individualizadas em cada bem não é apenas um detalhe estético – é um marco de organização. Significa que aquele item foi identificado, registrado, catalogado e está sob controle. A placa é o elo entre o bem físico e sua representação contábil. E é, também, a forma mais eficaz de garantir rastreabilidade futura.
Saiba mais sobre placas para Ativo Imobilizado
Conciliação físico x contábil: onde mora o ajuste necessário
Com os dados físicos em mãos, chega a etapa de conciliação com os registros contábeis. Essa análise mostra as divergências – sejam sobras, faltas ou diferenças de valor. É aqui que se propõem os ajustes contábeis, que vão regularizar os saldos e garantir que a contabilidade passe a refletir, com exatidão, o que realmente existe.
Entenda o processo de conciliação físico x contábil e seus benefícios
Avaliação da Vida Útil e Valor Justo: etapa crucial para alinhamento técnico
Além de corrigir os números, é preciso avaliar a vida útil dos ativos e, se necessário, realizar uma avaliação do valor justo. Essas práticas ajudam a garantir que os bens não estejam superavaliados ou subavaliados – o que é essencial para demonstrações financeiras transparentes e compatíveis com as normas técnicas, como o CPC27 e o CPC01.
Relatórios técnicos, fotos e laudos: base sólida para revisar os procedimentos
Ao final do projeto, a empresa passa a contar com um relatório analítico completo, laudo técnico de inventário, arquivo fotográfico dos ativos e uma base consolidada de dados. Esse material deve servir como apoio tanto para decisões estratégicas quanto para a revisão ou criação de procedimentos internos de controle patrimonial.
Gestão Patrimonial exige acompanhamento mensal e confronto com o Balanço
Não basta realizar um projeto pontual. A gestão patrimonial é uma prática contínua, que deve ser monitorada periodicamente – de preferência, de forma mensal – e comparada com os dados do Balanço Patrimonial. Isso reduz o risco de distorções futuras e garante segurança contábil e fiscal ao longo dos ciclos financeiros.
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Data: 07/05/2025
