Gestão Patrimonial em Canteiros de Obra
Gerenciar ativos em canteiros de obras é um dos maiores desafios para a indústria da construção civil. Em qualquer projeto, você lida com prazos apertados, diversos fornecedores e equipes distribuídas, além de um volume expressivo de ativos imobilizados, que vão desde pequenas ferramentas até equipamentos de grande porte. Nesse cenário, a falta de controle e rastreabilidade desses bens pode comprometer a produtividade, aumentar custos e prejudicar a credibilidade da empresa junto a clientes e parceiros.
Por isso, a implementação de processos de inventário patrimonial estruturado e de gestão contínua do ativo imobilizado deixou de ser apenas uma boa prática e se tornou uma necessidade estratégica. Construtoras que buscam eficiência operacional, conformidade contábil e segurança nas tomadas de decisão precisam de um sistema robusto de controle de ativos.
Os desafios da gestão de ativos na construção civil
Um dos maiores problemas enfrentados pelas construtoras é a dispersão geográfica dos ativos. Betoneiras, andaimes, escoras, marteletes, geradores e veículos circulam constantemente entre obras em andamento, bases de apoio e almoxarifados centrais. Essa movimentação contínua aumenta o risco de extravios, perdas e divergências entre o que está registrado no sistema contábil e o que realmente existe no campo. Além disso, cada obra tem suas particularidades: horários diferenciados, necessidade de equipamentos específicos, logística de transporte e equipes terceirizadas. Sem um processo estruturado, ativos acabam ficando "órfãos" em determinados projetos, o que gera custos adicionais com locações desnecessárias e compras duplicadas.
O inventário físico como ponto de partida fundamental
O primeiro passo para enfrentar esse desafio é a realização de um
inventário físico detalhado. Esse levantamento serve como um retrato fiel do patrimônio existente e deve contemplar todos os ativos, desde os de maior valor agregado até os itens de apoio que, somados, representam uma parcela relevante do investimento da obra. A coleta de dados deve ser abrangente, incluindo informações como número de série, estado de conservação, localização atual, responsável pelo uso e registro fotográfico. Quando realizado por uma equipe especializada, o inventário físico não só identifica os bens, mas também permite propor melhorias nos fluxos de guarda, movimentação e manutenção.
Identificação patrimonial e rastreabilidade
Após o inventário inicial, a
identificação física de cada ativo é fundamental para a gestão contínua. O uso de etiquetas em alumínio ou aço inox, resistentes às condições adversas de canteiros de obras, com tecnologias de leitura como QR Code, código de barras ou RFID, assegura que cada bem possa ser rastreado de forma simples e rápida. Com essa identificação, é possível implantar rotinas de
check-in e check-out em transferências entre obras, realizar inspeções periódicas por amostragem e acompanhar a utilização em tempo real. O resultado direto é maior segurança, transparência e confiabilidade das informações para a gestão.
Conciliação físico x contábil
Um inventário eficiente deve sempre resultar na
conciliação entre o que está no campo e o que está registrado na contabilidade. É muito comum encontrar diferenças significativas, como ativos registrados mas inexistentes fisicamente (sobras contábeis) ou ativos existentes que não constam no sistema (sobras físicas). A conciliação elimina incertezas, corrige lançamentos e garante que o balanço patrimonial reflita a realidade. Além disso, ela fornece uma base sólida para auditorias externas, reduzindo riscos e fortalecendo a governança corporativa.
Manutenção preventiva e prolongamento da vida útil
O inventário patrimonial também serve como uma base sólida para a gestão de manutenção. Ao vincular o histórico de uso e revisões a cada ativo, é possível planejar manutenções preventivas, o que reduz paradas inesperadas e aumenta a vida útil dos equipamentos. Isso se traduz em menos atrasos de cronograma e um maior retorno sobre o investimento realizado em ativos de alto valor.
Indicadores de desempenho e benefícios estratégicos
Com dados confiáveis, os gestores podem adotar
indicadores-chave de desempenho (KPIs) para acompanhar a eficiência da gestão patrimonial. Entre eles, destacam-se a taxa de extravio de ativos, o percentual de conciliação físico x contábil, o custo de manutenção por ativo, a disponibilidade de equipamentos críticos e a economia obtida com realocações internas em vez de novas compras. Esses indicadores permitem decisões baseadas em fatos, e não em percepções, aumentando a previsibilidade de custos e a eficiência operacional.
A adoção de um controle patrimonial estruturado traz ganhos que vão além da simples redução de perdas. Destacam-se a
eficiência operacional (equipamentos certos no lugar certo e na hora certa), a economia financeira (eliminação de compras duplicadas e locações desnecessárias), a segurança e compliance (informações auditáveis, alinhadas a normas como CPC 27 e ABNT/IBAPE), a transparência (dados confiáveis para gestores, investidores e parceiros) e o fortalecimento da governança corporativa.
A contribuição da AXS Consultoria Empresarial
A AXS Consultoria Empresarial possui ampla experiência na execução de projetos de inventário e avaliação patrimonial para o setor da construção civil. A empresa atua em canteiros de obras de diferentes portes, realizando levantamentos físicos detalhados, identificação patrimonial, conciliação físico x contábil e a entrega de relatórios robustos que servem de suporte para as tomadas de decisão. Os projetos da AXS seguem rigorosamente normas técnicas como ABNT, IBAPE, CPC 01 e CPC 27, garantindo qualidade, conformidade e reconhecimento por auditorias externas, incluindo as
Big Four. Além disso, a consultoria utiliza tecnologia própria para registro e rastreabilidade em nuvem, o que garante agilidade, segurança e fácil acesso às informações.
Conclusão
O setor da construção civil lida diariamente com desafios complexos de gestão. Implementar um inventário patrimonial e um controle eficiente de ativos em obras não é apenas uma prática contábil, mas uma ferramenta estratégica de gestão capaz de reduzir custos, aumentar a eficiência e dar previsibilidade ao negócio. Ao contar com uma consultoria especializada como a AXS, construtoras e incorporadoras conseguem estruturar processos sólidos, mitigar riscos e transformar o patrimônio em um diferencial competitivo. Uma boa gestão de ativos garante não apenas obras mais organizadas, mas também empresas mais sustentáveis e preparadas para crescer de forma segura.
Data: 13/09/2025